Artur Moreira foi convidade pela Paróquia de São José, de Nova Era, MG, para participar das encenações da Paixão de Cristo nos dias 24 e 25 de março.
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Nasci em Governador Valadares e fui criado em Nova Era, uma pequena cidade no interior de Minas Gerais.
Desde criança queria fazer a diferença nesta vida. Não me conformava com a situação que o país estava enfrentando.
Na escola, todos me tratavam como louco por não entenderem que eu estava a frente daquele tempo. Pela pressão da falta de compreensão,resolvi fugir de casa.
Fui trabalhar em um parque de diversões, onde conheci muita gente e lugares, além de aprender um oficio. Após 2 anos, tive que abandonar o parque por motivos financeiros.
Em seguida fui para o Rio de Janeiro a convite de um amigo que comprou um brinquedo para agregar a parques pequenos e pediu para eu ajudá-lo a consertar e restaurar brinquedos.
Estávamos lanchando em um shopping no final de semana quando comentei: “cara, vou para os EUA ganhar uma grana e montar um grande parque de diversões”.
Um “maluco” que estava atrás de nós escutou a conversa e falou que poderia me ajudar. Perguntei como, todo desconfiado, e ele me deu seu cartão e disse para procurá-lo. “Vou atrás deste cara”, falei ao meu amigo.
Na semana seguinte fui ao escritório do “maluco”. Fui direto ao assunto, contei que já havia tentado o visto americano duas vezes, mas sem sucesso. Ele me olhou e disse: “porque vc não vai para Europa, ficar um tempo lá, e depois vai para os EUA”.
Decidi seguir seu conselho. Liguei para meus pais e fiz o comunicado. Minha mãe ficou louca com a notícia, pois, naquela época, poucas pessoas saíam do Brasil. Quando minha ela viu que não tinha jeito, me abençoou e fez um pedido: “nunca esqueça dos seus princípios”. Criei forças e parti.
Durante 2 anos morei em Londres,passando muitas dificuldades. Naquela época era tudo muito diferente, tudo era muito difícil. Notícias do Brasil só quando o jornal da semana anterior chegava na banca. Muito sofrimento. Mas vivi uma experiência boa em Londres.
Voltei ao Brasil para tentar pela terceira vez meu visto americano. Agora com sucesso. Então regressei a Londres para arrumar minhas coisas e partir para os EUA.
Quando cheguei, achei que iria ganhar muito dinheiro para poder comprar o meu parque de diversões e dar uma melhor qualidade de vida para os meus pais, mas a história foi muito diferente.
Trabalhava de 14 a 16 horas por dia, ganhava muito pouco, mal dava para pagar as minhas despesas. Fiquei frustrado com tudo isso. Achava que a América era a minha oportunidade, mas comecei a ver que “o sonho americano” não era para qualquer um.
Cheguei a morar na rua por um tempo. Certa noite estava dormindo no estacionamento de uma igreja, enrolado em meu jornal e papelão, quando alguém fez xixi em mim. Acordei todo molhado e pensei no ponto em que havia chegado. Tinha tudo na casa dos meus pais e abandonei para passar esse tipo de situação.
Mas para mim, voltar naquela época era perder. Falei comigo mesmo: ” a partir de hoje eu vou mudar o rumo desta história”. Fui atrás de amigos e comecei a mudar a partir dali.
Passei a trabalhar por minha conta, juntei dinheiro e montei um atelier de móveis. Criei uma coleção de móveis funcionais que fez grande sucesso. Comecei a realizar as minhas vontades, sempre ajudando a quem estava a minha volta.
Foi muito sofrido, passei 10 anos sem ver meus pais, sem ir ao Brasil. Quando chegou a oportunidade de voltar ao meu país, começou a crise financeira na América e o dinheiro ficou difícil, mas nunca perdi as esperanças e o foco no meu objetivo de vida, de fazer as pessoas se sentirem melhores, me capacitar para passar a elas que tudo é possível desde que acreditamos em nós mesmos.
Hoje em dia, já estive várias vezes no Brasil, mas vejo meu sonho ser dificultado por causa da crise Americana.
Há 18 meses, estava triste e sem saber o que fazer, quando li uma reportagem sobre o Eike Batista falando que ele perdeu muito dinheiro. Esta reportagem me inspirou muito. Liguei para um amigo e comentei a ideia que havia tido: “vou vira ‘amigo do Eike Batista’ e pedir a ele 1 milhão de dólares”.
O Eike não me deu um milhão, mas mesmo assim a minha vida começou a tomar outro rumo, mesmo na dificuldade, eu estava passando alegria para várias pessoas. O “Amigo do Eike” cresceu, fez vários amigos e ações.
Com a ajuda dos amigos e de quem mais se mobilizar, essa história ainda pode ser muito maior e fazer a diferença na vida de muitos brasileiros.
Um grande abraço,
Artur Moreira
Mesmo antes de virar Amigo do Eike, Artur Moreira já compartilhava dos ideais de Eike Batista.
Em busca de dar oportunidades e tentar melhorar a vida das pessoas, o artista plástico sempre se envolveu em causas humanitárias. Conheça alguns exemplos:
Campanha em andamento!
Desde o mês de janeiro deste ano, Artur Moreira está coletando brinquedos que serão doados a uma instituição escolhida pelos seus amigos que participam da página “Amigo do Eike” no Facebook.
As doações foram feitas por norte-americanos que trabalham com Artur e se simpatizam pela causa. “Vi tantas crianças sem nada nas minhas viagens pelo Brasil. Eu mostro para eles como temos tanto aqui enquanto há lugares com quase nada”.
Os internautas indicarão as regiões e instituições que gostariam que recebessem as doações. Artur irá pesquisar todas e escolher uma ou mais para distribuir os brinquedos arrecadados.
A previsão de entrega é para próximo ao dia das crianças. Mais de 200 brinquedos já foram arrecadados e a coleta continua. “Quanto mais melhor”, afirma o Amigo do Eike.
Rafael Caroni:
Artur sempre manteve uma vida social online ativa, e durante conversas com seus amigos da internet, ele conheceu a história do Rafael Caroni.
Curioso, procurou saber mais sobre o rapaz e descobriu que ele teve um AVC enquanto surfava com seus amigos no Rio Grande do Sul.
O jovem ficou em coma durante um ano e segundo os médicos somente um milagre o tiraria daquele estado.
O milagre aconteceu, mas as sequelas continuaram. Acordado, Rafael não anda, só se alimenta por sonda e conta com a ajuda de sua família para sobreviver.
A mãe vende artesanato, a única fonte de renda que tem para manter ele e sua irmã, Paula.
Vendo este cenário, Artur teve uma ideia para tentar ajudar. O artista promoveu um jantar beneficente, convidando todos os seus amigos, para arrecadar dinheiro.
A solidariedade contagiou a todos e o dinheiro arrecadado foi suficiente para comprar um carro para Rafael, imprescindível para a locomoção do jovem que depende de cadeira de rodas.
A intenção do presente foi dar mais qualidade de vida a uma família que há anos luta sem perder a esperança.
Confira o vídeo com o depoimento da mãe de Rafael:
E esta não foi a única vez que Artur se mobilizou para ajudar o Rafael. Em julho de 2012, ele se aliou novamente com Mônica, amiga da família, para conseguir uma cadeira de rodas adequada para o jovem.
Foi uma das primeiras experiências do amigo do Eike com o poder da internet. Com a ajuda de moradores de Curitiba, que também se emocionaram com a história de Rafael, foi criada e divulgada na internet uma conta bancária para acariar fundos.
Em dois meses foi arrecadado o suficiente para comprar a cadeira de rodas, e ainda sobrou um pouco para ajudar a pagar o plano de saúde que este exemplo de força de vontade tanto necessita.
“Acompanho a história do Rafael há 4 anos e sempre que posso me envolvo na causa desde guerreiro que transmite vida o todo tempo” conta Artur, pronto para ajudar mais uma vez se for necessário.
Furacão Sandy:
Artur também se mobilizou para ajudar as vítimas do furacão Sandy que atingiu os EUA no dia 28 de Outubro de 2011. Nas duas semanas seguintes a tragédia, ele foi membro ativo do grupo de voluntarios da Cruz Vermelha, trabalhando principalmente no litoral sul de Nova Jersey, gravemente atingida pelo furacão.
“A destruição nos locais é muito pior do que aquilo que vemos na televisão. É muito triste ver os olhares dos desabrigados, que perderam tudo, pessoas de boas condições financeiras reduzidas à condição humana básica”, comentou na época.
Entre as ações, foram entregues 80 mil refeições diárias preparadas em 4 cozinhas localizadas em diferentes areas do estado, além de 7 mil leitos disponibilizados.
Haiti:
Não importa onde, para o Amigo do Eike, a solidariedade não deve ter fronteira.
Comovido com a triste situação do Haiti, o artista comoveu toda a comunidade vendendo camisetas com a estampa criada por ele próprio.
O dinheiro arrecadado foi doado para cruz vermelha em prol das vítimas do Haiti.
Câncer:
Há vários anos, Artur Moreira está engajado na luta contra o câncer de mama, auxiliando principalmente ao grupo Viva a Vida, que reúne sobreviventes de língua portuguesa e hispânica da comunidade em que ele mora atualmente, dando suporte à aqueles que tiveram que enfrentar a doença longe de casa, muitas vezes sem familiares por parte para ajudar.
Uma das ações que fazem mais sucesso é quando o artista ilumina o seu estúdio todo de rosa, para reforçar a memória da data, no mês d outubro.
Palestras:
Artur também já visitou escolas e asilos dando palestras sobre drogas, incentivo ao esporte, história de vida, e outros estímlos tão necessários para a formação pessoal de cada um.